1000 km do Rio a Floripa: grupo de jets Sea-Doo encerra expedição em São Francisco do Sul


Faltou pouco. Após a largada na Marina da Glória, sexta-feira, dia 26 de fevereiro, a expedição entre o Rio e Florianópolis protagonizada por 15 amigos — a bordo de, inicialmente, nove jets da Sea-Doo (que a partir da Ilha Grande aram a ser 11) e dois barcos de apoio, — fez uma escala em São Francisco do Sul, a última programada por eles antes de completar a missão.
O objetivo era desembarcar no Iate Clube Veleiros da Ilha na tarde deste sábado, 6 de março, registrando a marca de 621,37 milhas navegadas, ou 1.000 quilômetros! Faltou pouco, repita-se.
Nesta sexta-feira, por conta do lockdown decretado pelo governo de Santa Catarina, em consequência da necessidade de baixar a curva de contaminação pelo coronavírus, o grupo deu por encerrada a missão ao desembarcar no Porto de Itapoá, que fica na margem direita da entrada da Baía Babitonga, em frente a São Francisco do Sul.

“Tivemos de abortar a última perna da travessia, porque não conseguimos logística para abastecimento entre São Chico e Floripa. Nós precisaríamos abastecer em Itajaí, Balneário Camboriú ou Porto Belo, mas isso agora não é possível”, conta Leandro Ibagy, um dos líderes do grupo, batizado Rotas e Rodas Marítimo.
No total, somando as quatro pernas da viagem e os eios programados para o final de cada etapa — um dia inteiro em Angra dos Reis, outro em Ilhabela —, o grupo navegou exatos 979 quilômetros, como prova o gps de Leandro. Faltou “isso” para os míticos 1000 quilômetros.

“O importante é que entramos em águas catarinenses, depois de cruzar o Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Nunca tínhamos ido tão longe assim. Tudo isso sem nenhuma quebra de jet, nenhum incidente”, comemora Gérson Schmitt, outro líder da turma, integrada por 15 fanáticos por jets, com idades entre 21 e 65 anos.
A última perna, entre Itanhaém e São Francisco do Sul/ Itapoá, foi dividida em duas etapas, tendo como ponto de ligação a cidade de Cananéia, no extremo Sul do litoral de São Paulo. “Foram 165 quilômetros entre Itanhaém a Cananéia, distância que percorremos em cerca de 4 horas e meia, com uma média de 46 km/h. O mar estava deitado, uma piscina”, lembra Leandro.

“Em seguida, de Cananéia a São Chico, gastamos outras 4 horas e meia para percorrer 190 quilômetros, com uma média de 41,9 km/h. O Canal do Varadouro estava top. Vimos muitos botos pelo caminho. Não poderia haver desfecho de viagem melhor do que esse”, ele resume.
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Não foi por acaso que todo mundo chegou bem, com seus jets inteiros, e nenhuma queixa para apresentar. Para o sucesso da expedição, o grupo se dedicou a um treinamento intensivo no mês de dezembro, com inúmeras voltas à ilha onde fica Florianópolis. Reservou diversos fins de semana também para a preparação física. Sem contar o atendimento às exigências das Capitanias de Portos dos estados que percorreu.

No total, foram oito dias de curtição e aprendizado em meio à mais perfeita harmonia com a natureza. Não por acaso, no desembarque, o grupo era só alegria. “Que coisa fantástica poder ar uma semana inteira no mar, desfrutando as benções da natureza ao lado dos amigos. Foram oito dias inesquecíveis. Se organizarem outra expedição como essa, vou fazer o possível para estar junto”, diz Dênisson Freitas, com uma empolgação que reflete o estado de espírito de todo o grupo.
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