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No último sábado, 17 de outubro, em Les Sables d’Olonne, na França, ocorreu a abertura da Vila da Regata, com a chegada dos 33 veleiros inscritos na 9ª edição da mais perigosa e radical prova da vela mundial: a Vendée Globe, cuja largada está prevista para o dia 8 de novembro.
Considerada o Everest dos mares pelos competidores, a Vendée Globe é uma volta ao mundo em solitário e sem escalas a bordo de veleiros monocascos de 60 pés da classe IMOCA (International Monohull Open Class Association). O conceito da competição é simples e muito claro: um homem ou uma mulher, o mundo e um barco.
Além de navegarem em solitário, os competidores não têm equipes de apoio no mar nem em terra firme, devendo percorrer no mínimo a distância de 40.075 quilômetros (a circunferência da Terra), ou 21 638 milhas náuticas, embora, na média das oito edições realizadas até hoje, a maioria dos concorrentes (velejando em ziguezagues) tenha navegado mais de 28 mil milhas. O único pit stop permitido a um competidor envolve o retorno a Les Sables d’Olonne, num um prazo de dez dias a partir da largada.
A primeira edição da corrida teve início no dia 26 de novembro de 1989, quando 13 velejadores se lançaram ao mar em solitário para contornar a volta ao mundo em pouco mais de três meses. Desde então, somando-se as oito edições, 167 velejadores participaram da corrida, sendo que apenas 89 deles conseguiram cruzar a linha de chegada, o que por si só já mostra a dificuldade enfrentada pelos competidores, que são confrontados com tempestades, ondas gigantescas, ciclones, calmarias e um frio congelante — além de terem de contornar o temível Cabo Horn. Ainda assim, não faltam candidatos a ocupar posição na linha de largada.
Para se ter uma ideia de sua importância da Vendée Globe no calendário da vela, basta ver a quantidade de embarcações inscritas este ano: 33 (27 homens e seis mulheres), um número recorde — até então, a edição com maior de participantes foi a de 2008, com 30 barcos alinhando na largada.
O atual vencedor e recordista é o francês Armel le Cléac’h, que completou o percurso em 74 dias, 03 horas, 35 minutos e 46 segundos.
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