Robô chinês se move como golfinho e detecta poluição e até covid na água
Projetado para lugares apertados, como tubulações, equipamento funciona sem fios nem bateria


Entrar em lugares apertados, como tubulações, para monitorar a qualidade da água e, assim, prevenir doenças. Essa é a missão do “nadador eletromagnético macio miniaturizado” (ou SES), um novo robô chinês cheio de tecnologia.
Pedalar sobre as águas: bike aquática elétrica tem casco trimarã e hidrofólios
Pesquisa da USP descobre o maior lago de todos os tempos que abrigava a menor baleia da história
Inscreva-se no Canal Náutica no YouTube
Ele é desenvolvido por uma equipe de engenheiros biomédicos e roboticistas de diversas instituições da China. O aparelho não tem fio, usa ondas de rádio, além de ter materiais leves e pequenos. Tudo isso para permitir que o dispositivo flutue na água e detecte temperatura, produtos químicos e vírus — como o da Covid-19.


Segundo artigo publicado na Science Advances, o robô chinês é fino, macio e sem bateria — o que facilita sua movimentação em espaços pequenos. Este dispositivo é alimentado por sinais de rádio externos e pode nadar rapidamente na água, além de possuir sensores multifuncionais que aprimoram o sistema de detecção.
Todos os dados coletados pelo robô chinês são transmitidos via tecnologia NFC para um smartphone — mas que precisa estar a até 10 cm de distância. Já para o aparelho poder funcionar, o robô nadador deve estar a 4 centímetros da fonte de ondas.
Made in China
Sim, este aparelho tem o formato que lembra uma ponta de flecha, com entrave na parte traseira — acompanhada de uma “cauda” que se move de maneira parecida a de um golfinho — , juntamente a um ímã embutido e uma antena em espiral, que permite a propulsão.


Ele também foi equipado com três sensores: um que pode testar e medir os níveis de cloreto na água ao seu redor, outro que faz o mesmo para amônia e outro que permite testar a presença do vírus SARS-Cov-2 — mais conhecido como coronavírus.
Os testes do dispositivo em ambiente de laboratório mostraram que o robô funcionava bem quando impulsionado através de pequenos canos cheios de água. Entretanto, os cientistas observaram que, na sua forma atual, o robô só teria utilidade em pequenas aplicações e de curta distância.


Assim, melhorias continuarão a serem feitas no SES para que saia do laboratório e tenha vida útil do lado de fora — e sobre as águas. No futuro, a expectativa é que este robô chinês possa ser usado em cidades para detectar poluentes em lugares apertados e de maneira instantânea.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Missão NODSSUM será a 1ª investigação científica em larga escala a estudar os efeitos dos dejetos lançados ao mar
Dados da Receita Federal e do ComexStat ainda apontam crescimento nas exportações para países como Austrália e França
Rio intermitente fica na Austrália e pode ter entre 350 e 400 milhões de anos
Evento que resultou em desculpas reais aconteceu em 2014, mas voltou a ganhar espaço na internet mais de uma década depois
Animais que precisam de luz disputam recursos; escoamento agrícola e grandes volumes de chuvas estão entre as causas