Navio Polar Almirante Maximiano, da Marinha do Brasil, cruza o Círculo Polar Antártico pela primeira vez
Feito inédito contribui para o desenvolvimento de pesquisas e projetos científicos da 42ª Operação Antártica


No último dia 8 de março, a Marinha do Brasil celebrou um feito inédito com uma das embarcações da instituição: o Navio Polar (NPo) Almirante Maximiano cruzou o Círculo Polar Antártico pela primeira vez.
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Batizada carinhosamente de “Tio Max”, a embarcação já soma mais de 50 anos. O marco, além de inédito, contribui para o desenvolvimento de pesquisas e projetos científicos, uma vez que faz parte da 42ª Operação Antártica (OPERANTAR).


“O fato de ter cruzado o Círculo Polar Antártico representou um estímulo para toda tripulação e pesquisadores após cinco meses de comissão”, declarou o Capitão de Mar e Guerra e comandante do NPo Dieferson Ramos Pinheiro.
Além do desafio de navegar em ambiente tão inóspito e longínquo, o ineditismo para a pesquisa científica brasileira foi inspirador– Dieferson Ramos Pinheiro, Capitão de Mar e Guerra e comandante do NPo
42ª Operação Antártica
Além de reforçar o compromisso da Marinha do Brasil em garantir ao país a condição de Membro Consultivo do Tratado da Antártica (acordo firmado desde 1959, que determina o uso do continente para fins pacíficos), o feito do Navio Polar Almirante Maximiano eleva o Brasil na promoção de pesquisas na 42ª Operação Antártica.


A OPERANTAR integra o Programa Antártico Brasileiro, e é dividida em atividades tanto logísticas quanto de pesquisa, sendo que essas são realizadas durante o período de verão da OPERANTAR — de outubro a março.
Os estudos são desenvolvidos a bordo dos navios da Marinha — como o Tio Max — , na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), no módulo Criosfera 1, em acampamentos isolados e em estações estrangeiras, por meio de acordos de cooperação entre os países.
Participam da operação os projetos de pesquisa aprovados e divulgados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sendo que cada grupo de estudo apresenta a proposta de trabalho e as necessidades de apoio para a operação, por meio de formulários científicos, logísticos e ambientais, que serão avaliados.


De acordo com a Agência Marinha de Notícias, com a base nas informações adquiridas, os projetos são distribuídos nas fases de pesquisa, fazendo uso dos meios disponíveis para ar os locais autorizados, onde ocorre a coleta de amostras e a realização de estudos e experimentos científicos.
O Navio Polar Almirante Maximiano
O NPo Almirante Maximiano teve o seu “batimento de quilha” (cerimônia que marca o início da construção de um navio) em 20 de agosto de 1973, sendo que a embarcação foi lançada ao mar em 13 de fevereiro de 1974 e entregue em junho do mesmo ano.
Sua incorporação à Marinha do Brasil, contudo, se deu em 3 de fevereiro de 2009 e, antes disso, o navio teve outros nomes, como Ocean Empress, Naeraberg, American Empress, Maureen Sea, Scotoil I, e Theriot Offshore I, antes de ser rebatizado em homenagem ao Almirante Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, hidrógrafo de destaque e Ministro da Marinha de março de 1979 a março de 1984.


Um gigante dos mares, o Tio Max possui 93,4 m de comprimento, 13,4 m de boca e 6,59 m de calado. O navio é movido por 2 motores diesel de 12 cilindros Caterpillar, modelo 3612TA de transmissão direta, que geram 4.262 bhp cada, acoplados a dois eixos com hélices de o fixo.
A embarcação atinge uma velocidade de 10 nós em cruzeiro e 13 nós de velocidade máxima. Seu raio de ação lhe fornece 20.000 milhas náuticas e 90 dias de autonomia. Ao todo, 106 pessoas (76 militares e 30 pesquisadores) conseguem navegar a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano.
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