16 anos depois: mensagem em garrafa lançada na costa brasileira chega à Austrália

A prática de enviar mensagens em garrafas começou ainda no século 18, como um meio imprevisível de comunicação. De lá para cá o ser humano aperfeiçoou sua forma de se comunicar, mas há ainda certa nostalgia neste hábito do ado. Muito por isso, um americano resolveu explorar essa prática em 2008, e o retorno veio agora, 16 anos — e mais de 13 mil km — depois.

Era 3 de novembro de 2008 quando, a cerca de 50 km da costa brasileira, entre o Rio de Janeiro e Salvador, Joe Johnson resolveu lançar a garrafa ao mar como parte de um experimento. Como um entusiasta de cruzeiros, a ideia era descobrir até onde a mensagem chegaria — não só dessa, mas de dezenas de outras garrafas que ele lançou ao oceano em suas viagens.

Agora, 16 anos depois, o recipiente foi encontrado na praia de Peterborough, no sudoeste de Victoria, na Austrália, por Tony, um morador local. Além da mensagem, a garrafa trouxe muitas conchas encrustadas, além de um “prêmio” concedido por Johnson para quem a encontrasse: US$ 20 (o equivalente a cerca de R$ 120 em conversão realizada em dezembro de 2024).

Minha esposa e eu fizemos muitos cruzeiros. Não me lembro dessa garrafa específica, mas é incrível saber que ela foi parar na Austrália– declarou Johnson à ABC Radio Melbourne

O que diz a mensagem, afinal?

Em resumo, Johnson relata a quem quer que encontrasse a garrafa que “sua curiosidade valeu a pena”. “Obrigado por recuperar esta garrafa e reservar um tempo para ver o que havia dentro. Coloquei garrafas como esta em vários oceanos, em muitos lugares diferentes ao redor do mundo, na esperança de que pessoas como você pudessem encontrar esta garrafa e me devolver o bilhete nos Estados Unidos.

Eu agradeceria se você me enviasse esta nota para que eu possa descobrir a distância que a garrafa percorreu e por quanto tempo. Para que valha a pena participar do meu experimento, enviarei a você US$ 20 após o recebimento desta nota. Por favor, certifique-se de incluir seu nome e endereço.”

Tony ainda não revelou se reivindicará o prêmio. Talvez porque, por enquanto, a premiação fique por conta da própria garrafa, uma testemunha do poder incansável das marés.