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Quase um terço dos animais marinhos da Antártica já ingeriu microplásticos

Estudo achou registros de ingestão de microdetritos pelos organismos desde 1986

06/02/2025
Foto: Marcos Santos/USP Imagens/ Divulgação

Mesmo sendo um local relativamente remoto do restante do mundo, a Antártica não está livre dos males humanos. De acordo com um estudo liderado por cientistas do Instituto Oceanográfico (IO), da Universidade de São Paulo (USP), há pelo menos 40 anos os animais da região estão ingerindo microplásticos.

A pesquisa analisou o conteúdo gastrointestinal de centenas de organismos marinhos coletados entre os anos de 1986 e 2016, e o resultado é preocupante. Foram encontrados microdetritos (fragmentos muito pequenos de diversos materiais, inclusive plástico) em quase um terço dos animais.

Foto: ShaneFreer/ Envato

Entre os microdetritos, o que apareceu em maior número foi a fibra de plásticos, como poliamida, poliéster e polietileno. Inclusive, o registro mais antigo ocorreu em 1986, quando foi encontrado, dentro de um crustáceo, um material que se acredita ter como origem uma estação de pesquisa no continente gelado.

 

O estudo reforça um aspecto importante: apesar da sua localização remota, a Antártica não está imune à poluição humana. Tanto é que o estudo relevou que as concentrações de microplásticos encontradas são equivalentes às áreas com maior densidade populacional.

É uma preocupação muito grande porque a gente esperava que a Antártica fosse um ambiente um pouco mais livre desse tipo de contaminação, mas não é–  Gabriel Stefanelli Silva, biólogo que participou da pesquisa, ao Jornal da USP

Segundo a pesquisa, todos os organismos analisados no estudo foram coletados abaixo de 200 metros de profundidade — considerado “mar profundo” tecnicamente. Isso se deu durante oito expedições, realizadas entre 1986 e 2016, nos arredores da Península Antártica, e mantidos em preservação.

Foto: Marcos Santos/USP Imagens/ Divulgação

O estudo completo foi publicado na revista científica Environmental Science & Technology.

Expectativas conservadoras

Para encontrar essa quantidade preocupante de microplásticos, os cientistas analisaram 169 organismos bentônicos — que vivem no substrato marinho — de 15 espécies marinhas das mais diversas — que vão de estrela-do-mar a poliquetas (vermes). Na Antártica, foram encontrados microdetritos em 53 animais, totalizando 85 microfibras.

Detalhe de um misidáceo. Foto: Marcos Santos/USP Imagens/ Divulgação

Essas fibras podem ser feitas de materiais orgânicos (lã, seda ou algodão), sintéticos (plásticos) ou semissintéticos (celulose). De 85, apenas sete fragmentos foram definidos como sintéticos pela espectroscopia. Porém, o equipamento tem suas limitações, o que significa que pode ter mais plásticos nas outras 78 amostras.

É totalmente possível que haja mais plásticos nas amostras. O que apresentamos no trabalho é uma estimativa bem conservadora– Gabriel Stefanelli Silva

Os organismos com maior quantidade de microfibras foram os pepinos-do-mar e os ofiuroides. Porém, ambos se alimentam tanto do sedimento quanto da água. Por conta disso, os pesquisadores sugerem que esses organismos podem ser usados como indicadores da presença de microdetritos em mares profundos.

 

Vale ressaltar que pesquisas anteriores já detectaram microplásticos na Antártica, em animais como pinguins, focas, peixes e moluscos.

Tudo tem uma origem

Não há como cravar uma única origem para os microplásticos que aparecem na Antártica. Segundo o estudo, as fontes podem ser diversas, e incluem atividades turísticas e, infelizmente, até os centros de pesquisa científicas na região. Afinal, muitas das bases não têm um sistema próprio para tratamento de efluentes.

Estação Antártica Comandante Ferraz. Foto: Creative Commons/ Wikimedia Commons/ Reprodução

No momento, há mais de 70 estações de pesquisa na Antártica, coordenadas por dezenas de países. A ocupação local chega a 5 mil pessoas no verão. De todas as estações, apenas metade possui tratamento de esgoto, conforme estudo publicado na revista Marine Pollution Bulletin.

Como profissionais que têm a sorte de trabalhar no campo de investigação polar, devemos humildemente considerar como a nossa própria pegada ecológica impacta o ecossistema antártico– apontam pesquisadores brasileiros do estudo

Além disso, os microplásticos podem ser transportados por longas distâncias através de correntes oceânicas e atmosféricas. Inclusive, por conta da baixa temperatura e alta densidade das águas, a Antártica cria uma espécie de barreira conhecida como Convergência Antártica, ou Frente Polar Antártica.

Essa barreira da Antártica dificulta a entrada de organismos e detritos flutuantes de outras áreas do oceano. Porém, ao que tudo indica, esta proteção não é efetiva para combater a chegada dos microdetritos e seus microplásticos, que podem ar por cima ou debaixo desta zona.

Alerta vermelho

A poluição plástica é um problema que deve demorar a desaparecer. Por mais que todos os objetos de plásticos se decomponham com o ar dos anos, eles acabam se fragmentando em partes cada vez menores — microplásticos, quando menores que 5 milímetros, e nanoplásticos, quando se tornam microscópicos.

Microplásticos (fibra de poliamida) encontrados em pepinos-do-mar coletados no ano 2000 a oeste da Ilha Anvers, região da Península Antártica. Foto: Gilberto Bergamo/ Divulgação

Porém, esses detritos plásticos não são biodegradáveis e permanecem por séculos no ambiente. Logo, eles podem contaminar alimentos, serem ingeridos por animais e seres humanos, além de liberar substâncias tóxicas. Não à toa, os microplásticos já foram encontrados no corpo humano, como no sangue, cérebro (bulbo olfativo) e placenta.

 

Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida

 

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