Achada no mar Mediterrâneo, “partícula fantasma” rara pode desvendar mistérios do espaço
Neutrino encontrado possui aproximadamente 30 vezes mais energia do que os analisados até o momento


Um pequeno fragmento de matéria, detectado recentemente nas profundezas do mar Mediterrâneo, foi uma grande surpresa para os 250 cientistas envolvidos no projeto KM3NeT. Trata-se do neutrino com a maior concentração de energia já registrada — o achado supera cerca de 30 vezes o mensurado nos demais.
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De 21 países e 68 instituições diferentes, os especialistas encolvidos divulgaram o feito em coletivas de imprensa e nas publicações mais respeitadas da área, como a Nature, que dedicou uma capa à notícia.


Há muitos motivos para toda essa repercussão. Embora estejam entre o que há de mais abundante no universo, os neutrinos (partículas subatômicas, elementares e sem carga elétrica) são bem difíceis de localizar. Não à toa, um tipo específico e superpotente de telescópio submarino foi utilizado pelo grupo nessa empreitada.
Aliás, a formação e a composição dessa partícula ainda não foram completamente compreendidas pela comunidade científica. Um dos pontos mais intrigantes é que o neutrino faz um trajeto diferente (reto) pelo espaço e consegue ar através de tudo que encontra. Daí vem o apelido “fantasma”.
Quais respostas o neutrino do Mediterrâneo pode trazer?
Ao longo do caminho, é como se essas partículas coletassem informações importantes para o avanço dos estudos relacionados à astronomia. A expectativa, então, é que esse neutrino reforce teorias já elaboradas ou até traga mais luz sobre buracos negros, explosões estelares e demais fenômenos extremos.


Este pode ser, inclusive, o início de uma série de novas descobertas espaciais. Por mais que já tenha obtido um resultado tão impressionante como esse, a montagem do telescópio em questão ainda não foi concluída. Ou seja, podemos esperar outros anúncios como esse ou até mais surpreendentes para os próximos anos.
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