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Réplica da nau Santa Maria já chegou ao Caribe. O capitão Ludi conta como foi a travessia

10/12/2020

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Construída no Brasil (em um estaleiro de Itajaí) para realizar eios turísticos pelas praias da ilha de Curaçao, a réplica da nau Santa Maria, usada por Cristóvão Colombo na viagem do descobrimento da América, já chegou ao Caribe.

Quem avisa — e revela detalhes da viagem com exclusividade a NÁUTICA — é o brasileiro Luciano Augusto Pellegrino, o capitão Ludi, que mora em Ilhabela e foi contratado pelo argentino Miguel Pedro Sheppard (que investiu no projeto) para fazer o delivery, no comando de uma tripulação de nove homens.

“Sou capitão pela Marinha desde 2009 e faço delivery pelo Brasil e exterior desde 2003. Mas nunca imaginei que um dia iria comandar uma nau, como a dos tempos dos Descobrimentos”, conta Ludi, com o bom humor típico de quem vive em contato direto com o mar.

Como um menino que ganha um brinquedo novo e não vê a hora de estreá-lo, o capitão Ludi pôs as mãos no leme no dia 2 de novembro de 2020, em Itajaí. Exatos 30 dias depois, em 2 de dezembro, percorridas 4200 milhas náuticas, ele atracou em Curaçao, uma ilha holandesa no Caribe.

O veleiro é uma cópia quase idêntica do Santa Maria, de Cristóvão Colombo – a planta original foi reproduzida pelo estaleiro artesanal Felipe, que o construiu ao longo de três anos, ao custo de US$ 3 milhões. As diferenças entre ambos estão no casco (que na versão atual é de aço, revestido de madeira) e no sistema de vela.

“Por se tratar de uma réplica para eios turísticos, com restaurante a bordo, a mastreação toda era puro enfeite”, revela o capitão Ludi. “O que nos movia, à média de 6,5 nos por hora, eram dois motores Cummins de 350 hp cada”, explica.

O Santa Maria atual também tem alguns luxos, como dois geradores, que fornecem a energia para os aparelhos de última geração e algum conforto para a tripulação, como ar-condicionado, freezer e geladeira, com os quais Colombo e seus homens sequer sonhavam. Mas isso não impediu o capitão Ludi e sua tripulação de sentir na pele o os incômodos vividos pelos marinheiros 530 anos atrás.

“O barco tem dois camarotes, perto da casa de máquinas. Um deles continha os pertences do dono do barco, que por isso o manteve fechado quando desembarcou, em Santos. O outro, nós transformamos no nosso depósito de comida. Por isso, fomos obrigados a improvisar camarotes nos deques externos, que protegemos com lonas”, explica o comandante. Ou seja, de certa forma ele e seu homens experimentaram os desconfortos que sentiam os marinheiros nos tempos do Colombo.

No Santa Maria original, o convés tinha o tamanho de uma quadra de tênis e era pequeno para os 40 marujos. De acordo com o diário de bordo de Colombo, dormia-se no chão e já era sorte encontrar um bom lugar para ar a noite. Os marinheiros espalhavam-se pelo convés e disputavam a tapa o centro do barco, o único local plano. Não havia cozinha a bordo nem banheiro. Apenas Colombo tinha um cômodo improvisado na nau Santa Maria, com cortina, cama e outros luxos.

Voltando à sua réplica, o barco não foi projetado para fazer grandes cruzeiros e sim eios por águas abrigadas. Seu casco assemelha-se ao de uma escuna de turismo. Por isso, uma travessia como essa era um grande desafio. Por sorte, o novo Santa Maria correspondeu à expectativa, fazendo jus ao nome gravado no casco.

“Até que o barco se comportou bem, pois estudei bem as condições de tempo e mar para fazer a viagem”, garante o capitão Ludi. Os probleminhas apareceram na primeira parte da expedição. “Percebi logo que minha maior dificuldade seria ‘trimar a tripulação’, que era composta, a princípio, por nove pessoas, incluindo o dono do barco e seus representantes, todos marinheiros de primeira viagem”, diz o capitão do barco. “Eles achavam que fariam um simples eio, numa boa. Porém, mal saímos de Itajaí, e já começaram os enjoos. Mais da metade deles se entregou ao chamado Huuuugo”.

Em uma viagem longa como essa, sempre acabam ocorrendo problemas e fatos curiosos. A bordo do Santa Maria não foi diferente. “Durante tanto tempo e confinadas, pessoas não acostumadas a esse trabalho acabam surtando um pouco”, lembra o comandante. “Mas, com a minha experiência e um certo tato, consegui contornar de forma satisfatória”, garante.

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No rol dos problemas, inclui-se o defeito em um dos geradores. “Por causa de um vazamento de água salgada na casa de máquinas, acabou danificando o motor de arranque. Além disso, ao chegar Curaçao, tivemos de ficar 24 horas navegando ao largo da ilha, aguardando as autoridades nos liberarem a entrar no porto”, lembra ele.

Mas, acrescenta, também aconteceram coisas boas a bordo. “O melhor de tudo foi vislumbrar a vida marinha, com o avistamento de baleias, tartarugas e aves, além das infalíveis pescarias”, contabiliza. Ao desembarcar em Curaçao, em vez de cansaço ou irritação, o que Luciano Pellegrino sentiu foi um profundo orgulho pela missão cumprida.

UM POUCO DE HISTÓRIA

A respeito de Cristóvão Colombo, já se disse, em tom de piada: “É o homem que quando zarpou, não sabia para onde estava indo; quando voltou, não soube dizer onde tinha estado”. Ainda assim, o navegador genovês mudou o mundo para sempre e, de certa forma, esteve diretamente ligado ao descobrimento do Brasil.

Seu objetivo no comando da expedição que chegou à América no dia 12 de outubro de 1492 — com os navios Santa Maria, Pinta e Niña — era alcançar a Índia viajando em direção ao Ocidente, ou seja, pelo oeste, já sabendo, portanto, que a terra é redonda (ele escreveu “a forma de uma pera”, ou “uma bola bem redonda”). A descoberta do Novo Mundo foi um acidente. Colombo tinha uma missão e a cumpriu — erradamente.

Em sua partida rumo ao desconhecido, no dia 3 de agosto de 1492, as três embarcações amontoavam 90 marujos, que trabalharam pesado, comeram pouco e rezaram muito para chegar à terra prometida. Uma das maiores aventuras náuticas de todos os tempos.

Nau é denominação genérica dada a navios de grande porte, com capacidade de 200 pessoas, até o século XV usados em viagens de grande percurso. Tinham até 50 metros de comprimento por 14 m de boca, três mastros e levavam mais de 100 tripulantes. As caravelas tinham 20 metros x 7 m; um só mastro; vela triangular e levavam 25 tripulantes.

Se Colombo tinha algum conforto na nau Santa Maria, os capitães das duas caravelas, Pinta e Niña, cada uma com 25 homens brigando por espaço, dormiam estirados no chão, com a malta dos marinheiros. Era assim que se viajava nos navios daquele tempo, e quem não gostasse que ficasse em terra.

A unidade de velocidade usada por eles era o nó (que prevalece ainda hoje). Os nós originais eram dados numa corda, a distâncias equivalentes ao comprimento do casco de um navio. Em alto-mar, amarrava-se a corda a um barquinho, que era lançado ao mar. Um marinheiro ficava na amurada, com uma ampulheta na mão. Como não tinha velas, o barquinho ficava parado enquanto o navio se afastava e a corda ia se desenrolando. Pelo número de nós era possível saber a distância percorrida com relação à miniatura. A ampulheta informava o tempo gasto no percurso. A medida, chamada até hoje nó marítimo, corresponde a 1,8 quilômetro por hora.

Em 25 de dezembro, a Santa Maria encalhou em um recife e afundou. Não tendo outro remédio, o “Almirante” (como em seus diários Colombo se refere a si próprio, na terceira pessoa) mandou cortar o mastro e retirar de bordo tudo o que se pudesse.

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