Confira a história dos “barcos rápidos” que contrabandeavam bebidas e cigarro nos EUA


Durante o período de Lei Seca nos Estados Unidos, diversas maneiras de trazer bebidas alcoólicas e cigarros para o país foram estudadas. Entre elas, a mais eficaz era pelo mar, em que pequenos barcos se afastavam da costa e iam até os grandes cargueiros para contrabandear tais produtos.
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O auge da proibição nos EUA foi na década de 1930, onde imperava o “Corredor do Rum”, quando navios transportavam rum de ilhas no Caribe para bares clandestinos na Flórida, e de lá, para o país inteiro. No entanto, mesmo depois do fim da Lei Seca havia muitos impostos em cima de bebidas e cigarros que chegavam ao país. Nesse ínterim, a solução se voltou novamente para a água.
Com o ar do tempo, os barcos da Guarda Costeira começaram a evoluir e interceptar os navios que realizavam esse contrabando. Em meio a isso, entrou em cena o construtor e projetista Donald Aronow, que revolucionou as lanchas offshore da época. Além de ser o construtor, Aronow foi um famoso piloto de corrida de lanchas offshore —incluindo algumas que ele mesmo projetou.
Diante da eminente revolução das lanchas, logo o “Corredor do Rum” se transformou em “Lanchas de cigarro”, quando eram usadas para fugir da Guarda Costeira entre o Canadá e os EUA.


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Tais lanchas se diferenciavam por uma combinação de fibra de vidro, kevlar e fibra de carbono, usando um casco de corrida offshore profundo estilo “V”, variando de 6 a 15 metros (20 a 50 pés) de comprimento.
Construídas para atingir altas velocidades, as “lanchas de cigarro”, que com o tempo começaram a ser chamadas de “Go-Fast” (no português, “Barcos Rápidos”), chegaram a alcançar 150 km/h (80 nós), em águas calmas. Já em águas agitadas chegavam aos 50 nós e mantinham 25 nós no mar do Caribe. Essa velocidade já era muito superior aos barcos usados pela Guarda Costeira.
A partir da década de 1960, lanchas que seguiam essas especificações eram as mais utilizadas no contrabando de álcool e cigarro. Posteriormente, na década de 1980, essas mesmas lanchas eram o meio de locomoção das drogas que chegavam aos EUA e que mais tarde iriam para a Europa.
Por Gustavo Baldassare sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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