window._wpemojiSettings = {"baseUrl":"https:\/\/s.w.org\/images\/core\/emoji\/15.0.3\/72x72\/","ext":".png","svgUrl":"https:\/\/s.w.org\/images\/core\/emoji\/15.0.3\/svg\/","svgExt":".svg","source":{"concatemoji":"https:\/\/nautica-br.noticiascatarinenses.com\/wp-includes\/js\/wp-emoji-release.min.js?ver=6.7.1"}}; /*! This file is auto-generated */ !function(i,n){var o,s,e;function c(e){try{var t={Tests:e,timestamp:(new Date).valueOf()};sessionStorage.setItem(o,JSON.stringify(t))}catch(e){}}function p(e,t,n){e.clearRect(0,0,e.canvas.width,e.canvas.height),e.fillText(t,0,0);var t=new Uint32Array(e.getImageData(0,0,e.canvas.width,e.canvas.height).data),r=(e.clearRect(0,0,e.canvas.width,e.canvas.height),e.fillText(n,0,0),new Uint32Array(e.getImageData(0,0,e.canvas.width,e.canvas.height).data));return t.every(function(e,t){return e===r[t]})}function u(e,t,n){switch(t){case"flag":return n(e,"\ud83c\udff3\ufe0f\u200d\u26a7\ufe0f","\ud83c\udff3\ufe0f\u200b\u26a7\ufe0f")?!1:!n(e,"\ud83c\uddfa\ud83c\uddf3","\ud83c\uddfa\u200b\ud83c\uddf3")&&!n(e,"\ud83c\udff4\udb40\udc67\udb40\udc62\udb40\udc65\udb40\udc6e\udb40\udc67\udb40\udc7f","\ud83c\udff4\u200b\udb40\udc67\u200b\udb40\udc62\u200b\udb40\udc65\u200b\udb40\udc6e\u200b\udb40\udc67\u200b\udb40\udc7f");case"emoji":return!n(e,"\ud83d\udc26\u200d\u2b1b","\ud83d\udc26\u200b\u2b1b")}return!1}function f(e,t,n){var r="undefined"!=typeof WorkerGlobalScope&&self instanceof WorkerGlobalScope?new OffscreenCanvas(300,150):i.createElement("canvas"),a=r.getContext("2d",{willReadFrequently:!0}),o=(a.textBaseline="top",a.font="600 32px Arial",{});return e.forEach(function(e){o[e]=t(a,e,n)}),o}function t(e){var t=i.createElement("script");t.src=e,t.defer=!0,i.head.appendChild(t)}"undefined"!=typeof Promise&&(o="wpEmojiSettingss",s=["flag","emoji"],n.s={everything:!0,everythingExceptFlag:!0},e=new Promise(function(e){i.addEventListener("DOMContentLoaded",e,{once:!0})}),new Promise(function(t){var n=function(){try{var e=JSON.parse(sessionStorage.getItem(o));if("object"==typeof e&&"number"==typeof e.timestamp&&(new Date).valueOf()

A verdade sobre o fim do Pilar Rossi: o que levou Nelson Piquet a desmanchar seu iate

15/08/2020
O iate Pilar Rossi, em 1989, ao ser comprado por Nelson Piquet

Em uma espécie de eutanásia náutica, aplicada a um casco sem chance de sobreviver, o Pilar Rossi — celebrado iate trimarã do ex-piloto Nelson Piquet — foi sacrificado no início deste ano, depois de mais de três décadas de mar. O gesto de misericórdia aconteceu em Camocim, cidade litorânea do Ceará localizada próximo à paradisíaca Jericoacoara.

Não teve cerimônia de adeus nem cruzeiro de despedida. Só o ruído de serras elétricas e o fogo azul dos maçaricos cortando em pedaços o velho casco de aço. Do glamour dos bons tempos, em que o piloto com inclinação náutica morava a bordo num porto de Mônaco, só restou poeira e ferro retorcido.

Pilar Rossi em dois momentos: uma das últimas fotos ainda navegando e em processo de desmanche no Ceará

Parece inacreditável que um gigante de 64,35 metros de comprimento (211 pés) pudesse desaparecer assim, da noite para o dia. Mas foi o que aconteceu. Diante da notícia, que causou enorme repercussão ao ser publicada em primeira-mão por NÁUTICA(leia aqui), uma pergunta ficou sem resposta: afinal, por que o Pilar Rossi foi desmanchado?

A reportagem de NÁUTICA foi em busca de respostas, e as encontrou junto a um velho amigo e colaborador do tricampeão mundial de F1: o despachante aduaneiro Sérgio Quinderé Amora, da Ramora Serviços de Despachos Aduaneiros, do Ceará.

 

Para quem não sabe, despachante aduaneiro é o profissional que trata de produtos estrangeiros junto à Receita Federal. No caso do Pilar Rossi, a ajuda de Amora foi essencial, porque o barco tem bandeira das Ilhas Cayman e não está registrado em nome de Nelson Piquet Souto Maior e sim de uma empresa estrangeira que tem o ex-piloto como sócio principal.

 

“No Brasil, é possível itir o barco temporariamente para uso privado por até três meses, prazo prorrogável por até igual período; depois disso, o barco obrigatoriamente tem de deixar as nossas águas”, explica Amora.

Mas, de modo conclusivo, por que o tricampeão fez a opção por uma medida tão radical, como o desmanchar seu iate, se o Pilar Rossi era um símbolo do sucesso que ele alcançou na Fórmula 1?

 

“Por que a recuperação da embarcação se tornou inviável financeiramente”, responde o despachante aduaneiro. “Por questões pessoais, até tentamos recuperá-lo, já que esse barco tem uma história e vínculos pessoais com o Piquet.

 

Isso aconteceu em outras oportunidades, como quando aumentamos a área da popa; ou quando transformamos o monocasco em um trimarã; ou ainda quando alongamos a proa e transformamos o iate em um veleiro, ou, melhor dizendo, um híbrido das duas coisas”, esclarece Amora.

Dessa vez, porém, toda a estrutura e os cascos estavam severamente comprometidos– Sérgio Quinderé Amora, despachante aduaneiro

Esse diagnóstico, segundo ele, só foi possível após o início dos trabalhos, em Camocim, o que impediu, inclusive, a remoção do Pilar Rossi para outras águas, onde talvez pudesse ser vendido e restaurado.


“Nossa legislação só dá duas opções nesses casos: entregar o bem à Receita Federal do Brasil, para um futuro leilão, ou destruí-lo por completo”, lamenta o profissional encarregado do encaminhamento, tramitação e despacho de papéis junto às repartições públicas.

 

“Tentamos entregá-lo, mas a alfândega não aceitou, por conta do estado em que o barco se encontrava, além da falta de espaço para abrigá-lo e do pequeno número de interessados, dado ao tipo de produto e valor”, garante.

O resultado foi aquele que NÁUTICA revelou neste site, após receber a informação do leitor Adauto Correa Motta Júnior, morador de Camocim que fotografou a embarcação em seus momentos derradeiros.

 

“O Pilar Rossi teve seu fim decretado na placidez do Rio Coreaú, em Camocim, Ceará, naquele que talvez seja o estuário mais bonito do estado. Conversei com um rapaz que participou da operação e ele confirmou que o barco foi cortado no maçarico e a ‘pedaceira’ está solta na beira do rio. Não há mais nada”.

Embora com os cascos em processo de corrosão, o trimarã tinha um “enxoval” de primeiríssima linha, material valiosíssimo. Nada, porém, pode ser aproveitado.

 

“Infelizmente, o destino de tudo o que havia a bordo do iate foi a destruição. Dos painéis aos motores, ando por geradores, mobiliário, dessalinizadores e tudo que compunha o maravilhoso Pilar Rossi, não sobrou nada”, afirma Amora.

 

“Tudo foi cortado e apresentado à Receita Federal do Brasil, que concluiu o processo. Só nos resta vender a sucata por peso; realmente um fato triste”, ele lamenta, traduzindo, também, o sentimento de Nelson Piquet, com quem conversou após a conclusão do desmanche.

 

“Falei rapidamente com o tricampeão mundial, que tinha uma relação íntima com o barco, além de uma grande paixão pelo mar. Como uma pessoa discreta, ele preferiu não dizer nada publicamente. Mas posso dizer que ficou chateado com os comentários maldosos e equivocados sobre o que teria motivado o desmanche do barco. Chegaram em falar em golpe no seguro, mas o barco sequer estava segurado. Por isso, espontaneamente, resolvi fazer esse esclarecimento”, conta Amora.

A metamorfose de um iate

Primeiro, o Pilar Rossi ganhou cascos laterais e virou trimarã. Depois, esticou na proa. Por fim, antes de ser desmanchado, o iate de Piquet virou um veleiro!

 

Olhe bem para esta sequência de fotos abaixo. Não, não são barcos diferentes! Trata-se do mesmo Pilar Rossi, só que em épocas diferentes.

 

A primeira, em 1989, ao ser comprado, com sua configuração original e convencional para um barco com então 110 pés; a segunda 12 anos depois, ao ganhar dois cascos extras na popa e virar uma espécie de trimarã; e a terceira, depois de ter sua proa e sua popa estendidas em nada menos que 24 metros e — suprema ousadia — ganhar mastros, velas e virar um veleiro movido também a motor.

Pilar Rossi em 1989, ao ser comprado, com sua configuração original (Bruno Castaing/Arquivo Náutica)

Sem alarde nem cerimônias de (re)batismo, a embarcação, originalmente com 33,5 metros (e agora já ando dos 64 metros, ou 210 pés — quase o dobro do comprimento inicial!), ou por três cirurgias ultrarradicais, todas feitas não apenas para otimizar o desempenho, mas sobretudo para livrar seu famoso dono de um prosaico incômodo: o enjoo no mar.

 

Mesmo não itindo facilmente, Piquet é um marinheiro sensível ao mais trivial dos tormentos náuticos. E para se livrar desse estraga-prazeres, não poupou esforços nem dinheiro.

 

Na primeira grande reforma, executada pelo estaleiro carioca Rionave, o Pilar Rossi ganhou dois enormes flutuadores laterais, de aço, que não só ampliaram sua boca original (de sete metros para 14 metros) como o transformaram de monocasco em trimarã — ficou tão largo que ou a levar, sobre as asas da popa, uma outra lancha de um lado e alguns jets do outro.

O Pilar Rossi já com dois enormes flutuadores laterais, de aço. (Bruno Castaing/Arquivo Náutica)

Na segunda intervenção, ganhou nada menos que 12 metros a mais de comprimento, desta vez na proa, que esticou feito um milagre da engenharia naval. No espaço extra, foram instaladas, entre outras benfeitorias, uma sala de musculação e uma piscina, esta com uma peculiaridade: por conta de um jato d’água que empurra o banhista para trás, era possível nadar sem parar, ainda que sem sair do lugar.

 

Por fim, antes do derradeiro desmanche, o Pilar Rossi deixou de ser um barco a motor e virou um veleiro. Ou, melhor, um híbrido das duas coisas. Eram dois mastros e 1 400 metros quadrados de área vélica.

Originalmente, o Pilar Rossi foi construído com 110 pés de comprimento. Antes de ser desmanchado, estava com quase o dobro disso

Próximo o, um novo barco?

Apaixonado por barcos e considerado um exigente bon vivant náutico, Nelson Piquet nem bem acabou o desmanche do Pilar Rossi e — dizem — já planeja a construção de um novo barco. Quem sabe Piquet não nos faça uma surpresa qualquer dia desses e apareça no comando de outra embarcação? Para pessoas próximas, ele teria revelado o desejo de comprar um barco menor, na faixa os 70 pés, com duas suítes e três motores a jato! Fica a torcida para que seja verdade.

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Fóssil de “monstro marinho” encontrado em 1988 no Canadá é identificado

    Espécie de elasmossauro viveu há cerca de 85 milhões de anos e teve características surpreendentes

    Campeonato tradicional em Hong Kong: conheça a corrida de barcos-dragão

    Neste ano, competição acontece nos dias 7 e 8 de junho

    Estaleiro anuncia megaiate explorador capaz de navegar no Ártico

    Feito sob encomenda, barco foi construído para realizar sonho do proprietário e "ser visto do espaço sideral"

    Após 53 anos no espaço, nave da antiga União Soviética cai no Oceano Pacífico

    Objeto espacial foi lançado em 1972, em missão fracassada que exploraria o planeta Vênus

    Tubarões no Rio de Janeiro: diferentes espécies do animal foram vistas neste mês

    Litoral fluminense teve três aparições de tubarão no mês de maio e governo faz recomendações a banhistas