Aos 82 anos, Aleixo Belov prepara expedição marítima rumo à Sibéria
Engenheiro, escritor e navegador zarpará da Bahia daqui a dois meses, a bordo do famoso veleiro Fraternidade


Referência em navegação à vela e um exemplo de vida, Aleixo Belov, de 82 anos, está prestes a partir em uma nova missão. No dia 12 de abril, o engenheiro, escritor e navegador deixa o Porto de Salvador, na Bahia, com destino às águas gélidas da Sibéria.
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A bordo do Veleiro Escola Fraternidade, Belov seguirá a Rota Marítima do Norte acompanhado por oito pessoas, entre brasileiros e russos. Aliás, o russo Serguei Shcherbakov, especialista em navegação polar, ocupará o posto de capitão.
De acordo com informações de uma publicação russa, o trajeto não foi escolhido por acaso. A ideia é comemorar o aniversário de 20 anos do Brics, grupo formado pelo Brasil e pela Rússia, além de países como Índia, China e África do Sul.


“É uma aliança muito forte de vários países grandes, incluindo o Brasil e a Rússia. E esses países vêm agora desempenhando um papel importante no cenário mundial, declarou Belov.
Essa expedição não é apenas um teste técnico de navegação, mas uma grande oportunidade de intercâmbio cultural e científico entre nossos países– emendou Shcherbakov
Características do Fraternidade, barco de Aleixo Belov
Com 21,5 metros de comprimento, dois motores de 300 cavalos de força e partes feitas de aço, o Veleiro Escola Fraternidade tem como missão oferecer educação marítima, ensinando de navegação a preservação do meio ambiente, ao o que desbrava mares do mundo todo. Foi a bordo dessa embarcação que Aleixo realizou suas mais recentes viagens: ao Alaska e à agem Noroeste.


Em expedições, o veleiro se transforma em uma sala de aula flutuante, onde os participantes aprendem na prática sobre o mar e a vela. A equipe acredita que o Fraternidade tem o que é preciso e mais para encarar as adversidades climáticas e territoriais do Ártico. Por outro lado, a tripulação ainda está em fase de preparação de suprimentos e documentação.
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Quem é Aleixo Belov
Nascido na Ucrânia, Belov foi radicado na Bahia, onde estudou e formou-se em engenharia civil. Lá, ele também ficou conhecido por dar aulas de matemática — inclusive para os filhos de pessoas influentes na região — e realizar diversas viagens de volta ao mundo.
A paixão pelo mar começou no final da década de 1950, quando aprendeu a mergulhar. Como velejador, ele recebeu da Marinha do Brasil o título de “primeiro brasileiro a fazer sozinho uma viagem de circunavegação da Terra”.
Aos 79 anos, Belov percorreu mais de 20 mil milhas náuticas, cruzando a agem Noroeste, junto de uma equipe de mais cinco pessoas. Essa foi a primeira tripulação com bandeira do Brasil a fazer a travessia completa pela região, serpenteando por estreitos acima do Círculo Polar Ártico e navegando por lugares considerados extremamente difíceis, como o estreito de Bering.


Em 2021, foi inaugurado em Salvador o Museu do Mar Aleixo Belov, um espaço cultural dedicado à navegação e à vida marítima, fundado pelo próprio navegador. O espaço é ainda um testemunho das aventuras de Belov, e contém patrimônios materiais e imateriais, como o veleiro Três Marias, também utilizado pelo navegador em suas viagens ao redor do mundo.


O visitante do museu encontra em exposição uma miniatura do Veleiro Escola Fraternidade, que representa a paixão de Aleixo por navegação e sua missão de ensinar e inspirar as próximas gerações.
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