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Creole: a história do majestoso veleiro de madeira da família Gucci

Megaiate quase centenário ou por uma guerra antes de chegar à família e é tido como o maior veleiro de madeira clássico do mundo

27/01/2025
Foto: Liliane Paingaud / Wikimedia Commons / Reprodução

Era 1983 quando um gigante dos mares entrou na árvore genealógica dos Gucci, ainda como um desafio de engenharia. Desde então, tradição e navegação se misturam como as linhas que tecem as roupas de luxo da marca italiana.

O barco é nada menos que o quase centenário Creole, o maior veleiro de madeira clássico do mundo. Ao primeiro olhar, o que se vê é uma embarcação que esbanja classe, glamour e muita sofisticação — tudo isso com um ar vintage que o tempo só faz melhorar. Mas até chegar a esse ponto, o barco precisou sobreviver, inclusive, a uma guerra.

O caminho do Creole até virar o barco da família Gucci

Hoje o Creole está sob os cuidados de Allegra, filha mais nova do falecido Maurizio Gucci (ex-diretor da grife e neto do fundador da empresa), que mantém o barco cuidadosamente dentro do legado deixado pelo pai.

Foto: Trayex / Wikimedia Commons / Reprodução

Maurizio foi quem colocou o barco na família, ainda em 1983, dois anos após o nascimento da Allegra. Naquele ano, mais do que ganhar uma família nova, o Creole renasceu.

 

Para entender melhor essa história, contudo, é preciso olhar ainda mais para trás, mais precisamente, para 1927, quando o gigante de 65,3 metros foi entregue pela Camper & Nicholsons para o fabricante de carpetes dos Estados Unidos Alexander Smith Cochran, que o batizou de “Vira”.

 


Cochran, porém, acabou fazendo alterações ousadas no barco. Ele achou os mastros muito altos e os cortou mais do que deveria — se é que deveria –, adicionando mais lastro para compensar os mastros recém-atarracados. O resultado: uma embarcação de desempenho ruim e muito diferente do que a Nicholson havia criado.

 

Após uma frustrada viagem inaugural pela Europa, Cochran colocou o Vira no mercado de corretagem. A partir daí, o barco ou por muitas mãos até chegar à família Gucci, começando pelo major britânico Maurice Pope.

 

Pope, assim como Cochran, evitava velejar, usando os motores quase exclusivamente para cruzeiros. Apesar de deixar todo o potencial do barco de lado, foi ele o responsável por dar ao veleiro seu nome atual: Creole. A ideia veio como uma homenagem a uma sobremesa, criada pelo chef de Pope.

 

 

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Ao que se sabe, o major não soube lidar com as características do barco, tidas como “muito à frente de seu tempo”. Assim, o Creole ganhou seu terceiro proprietário: Sir Connop Guthrie.

 

O empresário — que chegou a servir como oficial durante os estágios iniciais da Primeira Guerra Mundial — levou o Creole para seus primeiros dias de glória. Nas mãos de Guthrie o veleiro foi restaurado ao mais próximo da ideia inicial da Nicholsons, cruzou o Mediterrâneo e venceu uma série de regatas no final da década de 1930.

 

Mas, novamente, um obstáculo freou o Creole. Desta vez, um muito maior do que proprietários perdidos: a Segunda Guerra Mundial. Durante o período, o Almirantado Britânico (departamento do Governo do Reino Unido responsável pelo comando da Marinha Real até 1964) requisitou milhares de iates — e o Creole foi um deles.


Renomeado de “Magic Circle”, o veleiro de Guthrie se tornou um humilde caça-minas ao longo da costa escocesa. Ao final da guerra, o barco foi arrematado por Stavros Niarchos, um magnata grego da marinha mercante, conhecido como “Grego Dourado”. Niarchos investiu uma bolada para restaurar o veleiro, que chegou a ser capa da Sports Illustrated (uma das principais revistas esportivas dos EUA) em agosto de 1959.

 

A vida do iate ao lado de Niarchos, porém, também não foi longa. Para a Nicholson, o magnata “arruinou” o veleiro por dirigir o barco com muita força e rapidez, como se fosse um iate a motor.

 

Em 1977, a Marinha dinamarquesa comprou o Creole para usar como um “navio de treinamento”, em uma espécie de projeto que visava reabilitar viciados em drogas usando um regime naval.

 

Foi nessa situação que Maurizio Gucci, enfim, conheceu o Creole. Conforme contou Allegra à Boat International, o iate “era como um naufrágio”. “O objetivo do meu pai era dar ao Creole uma segunda vida, manter o barco o mais original possível […] respeitar a alma do barco, em harmonia com sua história.”

O renascer do Creole

Nas mãos de Gucci, o Creole finalmente começou a vislumbrar seus dias de glória. O veleiro ou por reformas significativas durante seis anos, viajando por estaleiros em Beconcini, na Itália; Lurssen na Alemanha e pela oficina Astilleros de Mallorca, na Espanha.

 


O designer Toto Russo precisou criar um interior para o veleiro — que teve o seu original destruído — e, para isso, voltou seu olhar para os anos 20, instalando obras de arte de época nos seis camarotes de hóspedes do barco da família Gucci. Seu casco voltou ao tom de preto como a noite, embora para Allegra a tinta preta não seja “a melhor tinta para um barco de madeira”.

Mas o Creole nasceu assim e gostamos de mantê-lo assim– comentou

Atualmente, a embarcação construída com casco de aço e teca tem capacidade para oito hóspedes e 16 tripulantes, muito graças a sua boca (largura), de 9,39 metros. A embarcação atinge uma velocidade máxima de 14 nós (25,9 km/h), e uma velocidade de cruzeiro de 10 nós (18,5 km/h), impulsionado por dois motores a diesel MTU.

 


Considerado o maior veleiro de madeira clássico do mundo, o barco da família Gucci é, principalmente, o protagonista das boas lembranças de infância de Allegra. Além de carregar um diploma em direito, a filha mais nova de Maurizio Gucci é também uma velejadora séria, que cresceu navegando e competindo a bordo do Creole — vencedor do Monaco Classic Week em 2013.

 

Para ela, a majestosa embarcação quase centenária é uma responsabilidade. “Ela é icônica e você tem que mantê-la assim”, disse ao Robb Report.

O verniz, o latão, as luzes e a alma do iate a vela representam a história da arquitetura naval– destacou Allegra

Hoje, já mãe, o tempo que Allegra a a bordo é menor. “O Creole é um barco grande, então ter uma criança correndo para cima e para baixo se torna um pouco difícil. Nós vamos velejar — mas talvez não com 28 nós de vento”, brinca.

 

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