Peixe-leão, espécie considerada invasora, é capturado em Fernando de Noronha


De acordo com o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), mergulhadores capturaram um peixe-leão em Fernando de Noronha. Por ser venenosa e invasora, a espécie Pterois volitans é considerada perigosa ao ecossistema local e também para os humanos, segundo o ICMBio, que informou, ainda, que a chegada da espécie era esperada pelos pesquisadores e, por isso, houve solicitação de comunicação ao instituto caso o peixe-leão fosse visto.
Inscreva-se no canal de NÁUTICA no YouTube e ATIVE as notificações


O peixe-leão foi visto por profissionais de uma operadora de mergulho na Laje dos Cabos, em uma profundidade de 28 metros, no dia 20 de dezembro e capturado no dia seguinte, 21 de dezembro, após autorização do órgão ambiental, relatou o mergulhador Fernando Rodrigues.
Leia também
» Raia Manta Gigante avança em estado de risco e está ameaçada de extinção, segundo pesquisadores
» Assista ao vídeo de tubarão branco rondando pescador na Austrália
» Baleia jubarte emerge e vira caiaque com duas mulheres nos Estados Unidos. Assista
Diretor do Projeto de Conservação Recifal, o doutor em biologia marinha Pedro Pereira afirmou que é preciso manter ações de fiscalização devido aos riscos da presença da espécie invasora. “O peixe-leão pode atrapalhar o turismo, a pesca, o mergulho e o meio ambiente”, declarou.
“Não é preciso ficar em pânico, mas o peixe-leão representa ameaça para a biodiversidade nativa e pode matar os peixes locais e os corais. Ele não tem um predador natural. Temos que saber se foi um registro isolado e aumentar o monitoramento”, disse Pereira.
Pereira alertou que, como o peixe-leão é venenoso, a captura não deve ser feita por pessoas despreparadas.


“Caso alguém encontre [um peixe dessa espécie], o ideal é tirar uma foto e marcar a coordenada e não coletar. Nós solicitamos que seja feito contato com o Projeto Conservação Recifal ou ICMBio. Esse trabalho de coleta deve ser feito pelo pessoal do Chico Mendes ou especialistas”, falou Pedro Pereira.
Após a captura, o bicho seguiu para estudo, segundo o ICMBio. “Nós coletamos amostras de DNA para identificar a origem do animal. Podem existir outros peixes dessa espécie, mas nosso monitoramento não indica a presença de outros indivíduos em Noronha”, declarou o coordenador de Pesquisa e Manejo do órgão.
Gostou desse artigo? Clique aqui para o nosso serviço de envio de notícias por WhatsApp e receba mais conteúdos.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Neto e Lucas ainda deram spoiler da próxima empreitada que a dupla vai enfrentar nos mares. Confira!
Relatório indica que 61 praias têm risco alto ou muito alto, com destaque para Ubatuba, Iguape e São Sebastião
Terceira edição do maior evento náutico do Sul do Brasil será de 3 a 6 de julho, em Santa Catarina
Com design de Fulvio de Simoni, novidades da Filippetti Yachts terão beach club integrado e espaços sociais versáteis
Além da navegação, viagem teve caminhadas, revisões e mudanças de rota. Aventura é impulsionada por motor Yanmar. Assista!