Equipe universitária quer bater recorde mundial de velocidade na navegação à vela


Um trio de pesquisadores ses – Benoît Gaudiot, Mayeul van den Broek e Xavier Lepercq – está traçando um caminho rumo ao estabelecimento de um novo recorde mundial de velocidade na navegação a vela até 2022.
O recorde atual é mantido desde 2012 pelo Vestas Sailrocket 2, comandado pelo australiano Paul Larsen, que alcançou uma velocidade média de 121,1 km/h (65,45 nós) por uma distância de 500 metros.
A equipe sa está mirando em 148 km/h (80 nós), daí o SP80, o nome do projeto no qual eles trabalham há quase um ano. “Se vamos estabelecer um novo recorde, podemos também ter objetivos altos,” disse Benoît.
Como o projeto parece bom, a instituição na qual todos eles trabalham ou estudam, a Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, acaba de anunciar seu apoio e financiamento ao projeto.
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Veleiro de alta tecnologia
O barco de fibra de carbono terá sete metros de comprimento e seis metros de largura, pesando 150 kg. Ele contará com hidrofólios triangulares superventilantes e será puxado por uma pipa.
“Nós baseamos nosso projeto na tecnologia de alumínio usada pela Vestas, que nos permite superar o fenômeno da cavitação. Como havia pouca coisa na literatura científica, nós construímos nossas próprias pranchas de kitesurf e testamos várias formas de hidrofólios no verão ado,” explicou van den Broek.
“No teste mais recente, cheguei a 41 nós [cerca de 76 km/h]. Ficamos surpresos ao descobrir que o perfil do barco se tornou mais estável em velocidade [mais alta],” acrescentou Gaudiot.
Confiantes de que estão no caminho certo, os três idealizadores do SP80 começaram a refinar a tecnologia e o projeto do barco usando um simulador de vela desenvolvido por Lepercq. Com o apoio da universidade, a trio agora conta com a ajuda de uma equipe de 16 estudantes.
Com um orçamento estimado em cerca de 1,6 milhão de francos suíços, cerca de R$ 8,5 milhões, a equipe SP80 já levantou dinheiro suficiente para desenvolver um protótipo, o que será feito no decorrer deste ano, com testes no Lago Genebra previstos para o início de 2021, antes de tentar quebrar o recorde de velocidade em 2022.
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