Megaiate de 331 pés tem design inspirado em flor de nenúfar
Na contramão do tradicional, embarcação apresentada pela Oceanco dispensa agens laterais e valoriza espaços com sombra


Assimétrica, futurista, ousada, “diferentona”… Faltam palavras para descrever uma das grandes novidades anunciadas no Dubai International Boat Show 2025: o megaiate Lily (Lírio, em português). Com 101 metros de comprimento (331 pés), seu design é inspirado na delicadeza de uma flor de nenúfar.
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Alguns superiates apresentam ideias tão megalomaníacas que parecem que nunca sairão do papel. Este é um deles, mas com um diferencial: tanto a construtora holandesa Oceanco quanto a conterrânea Vripack — que participaram da criação do Lily — garantem que esta “flor flutuante” é totalmente viável.


Conhecida por criar embarcações que de simples não têm nada, a Oceanco trouxe mais do que se esperava para sua coleção Beyond Custom, dedicada aos “proprietários mais ousados”.


Quando o megaiate é visto de cima, a intenção do design fica clara. Os cascos sobrepostos realmente se parecem com uma nenúfar — flor que emerge da água e simboliza ressurreição, pureza e iluminação. Já da popa, a percepção que se tem é a de que o exterior envolve folhas curvas de um casulo protetor.


O design de proa assimétrico é proposital — a assimetria do arranjo interno e do casco também. Tudo foi pensado para que, junto com as linhas externas, o megaiate Lily imitasse as pétalas de nenúfar sobrepostas, se tocando no “centro da flor”.
Além disso, a proa oferece uma arela exclusiva a boreste e uma plataforma de pouso para helicópteros a bombordo. Na parte inferior, há um espaço amplo de armazenamento para quatro botes e um mais um helicóptero — afinal, estamos falando de bilionários, público-alvo de barcos como este.
Fora da caixinha
Não está sentindo falta de nada neste projeto? Repare bem e perceberá que ele rejeita as agens laterais e terraços abertos — até então, o ABC dos megaiates. Em troca, este barco é perfeito para quem prefere viver na sombra e abre mão de banhos de sol na popa.


Estar protegido do sol e se refrescar na sombra está no topo da lista de desejos de muitos proprietários mais jovens– Marnix Hoekstra, diretor co-criativo da Vripack
Por mais que a aparência externa sugira uma superfície lisa e impenetrável, o superiate Lily possui janelas de vidro unidirecionais dispostas ao redor que “mantém o relacionamento ininterrupto dos hóspedes com o oceano” mesmo que de dentro dos aconchegos de um barco de 331 pés, uma vez que o layout de plano aberto e dividido em deques maximiza o espaço e o fluxo por todo o megaiate.


À medida que os hóspedes são atraídos para o coração do barco, uma “ponte virtual” se junta por meio de um mezanino de vidro e escada que leva a nova cabines duplas de hóspedes, um cinema em plano aberto e sala de jogos para crianças — ado por uma ponte surpresa.
Tudo do bom e do melhor
Ter um iate deste tamanho tem suas vantagens. De uma vez, a “flor flutuante” pode acomodar várias famílias e grupos de amigos, além de possuir uma piscina pertinho da água, área de bem-estar, academia, galeria de esportes aquáticos, um barzinho e espaços para refeições.


De tão particular, a Vripack descreve a suíte master do proprietário como um “santuário privado”. Inclusive, o deque superior dedicado aos aposentos possui dois níveis apenas para o dono, posicionado para oferecer o máximo de privacidade.


Por conta das janelas curvas do chão ao teto com filme unidirecional, o quarto oferece vistas deslumbrantes e, claro, extremamente exclusivas ao dono.


Este pedaço de luxo é complementado por um vasto terraço privativo de 315 m² e um lago de lírios interno — inclusive, segundo o estaleiro, é deste “lago” que o fluxo de ar do superiate Lily se origina. O barco prioriza a ventilação e acústica natural na ausência de ângulos retos.


Equipado com a mais recente tecnologia da navegação, o megaiate Lily apresenta um sistema de propulsão híbrido que utiliza duas fontes de energia: células de combustível de metanol e motores de metanol/diesel — além de possuir dois tanques dedicados para ambos. Vale destacar que o Lily foi projetado com um casco de aço e superestrutura de alumínio, além de ter recebido a arquitetura naval da britânica Lateral Naval Architects.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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