Velejando sozinho e sem gps, canadense dá volta ao mundo em jornada épica


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No dia 27 de outubro de 2019, há pouco mais de um ano, o mundo era completamente diferente. Nessa mesma data, o canadense Bert terHart zarpou de Victoria, no sul da ilha de Vancouver, para fazer história. Ele foi o primeiro norte-americano a navegar sozinho e sem escalas utilizando apenas a navegação celestial: sem gps.
A bordo do Seaburban, seu veleiro de 46 pés, Bert ficou 266 dias no mar e, quando voltou, além de ser outro homem, pisou em um mundo bem diferente. Não existia covid-19 quando zarpou, e ao retornar, no dia 18 de julho, não precisou cumprir quarentena porque não manteve contato com ninguém.

Saindo do oceano Pacífico, Bert chegou ao Atlântico pelo Cabo Horn, no Chile. Depois, seguiu até chegar no Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. Já no oceano Índico, ainda cruzou o Cabo Leeuwin, na Austrália, antes de regressar a Victoria.
Em contraste com os primeiros circunavegadores, que mantinham contato apenas por meio de navios que avam, Bert mantinha contato com a sua esposa, Nani, por telefone via satélite, que o motivava a concluir a tarefa. Os dois conversavam diariamente. Nas conversas, Bert a atualizava de seu dia, e ela ajudava a compor um blog que conta, em detalhes, toda a trajetória do marido.
“Sozinho e quieto, banhado em esplendor, você quase pode sentir a pulsação do mundo. Não há muito entre você e as batidas do coração do universo”, escreveu durante sua jornada.
Apesar do clima turbulento, densos nevoeiros e ondas de dez metros, Bert conseguiu ar pelos Grandes Cabos meridionais. Com apenas uma caneta, papel, gráficos e instrumentos de navegação, ele realizou seu sonho.
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“Eu sou humano, eu estava com medo, incerto e duvidoso – e nesses momentos, as pessoas que estão torcendo por você fazem uma diferença enorme na sua habilidade de ter sucesso”, disse quando perguntado se sentiu medo.
Assim que ancorou seu veleiro e ou por procedimentos de segurança da marinha canadense, em relação ao covid-19, Bert pôde ir para casa e comer um cheeseburger com sua família.
Por Gustavo Baldassare sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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